28.12.07

de volta :)

Houve uma paragem de uns meses, nao forcada nem sequer propositada... mas necessária! estive nos últimos meses algumas vezes por lá e o sentimento é o mesmo... o que me prende lá é muito forte, sem dúvida, mas fico triste com o mesmo de sempre. A má lingua. As pessoas. O ter de se comentar tudo e mais alguma coisa. Quando nao há tema de conversa é simples, inventa-se! Para mim nao da, chega.
Amo a terra e aquilo que me faz voltar, quanto ao resto é isso mesmo o resto...

Votos de Bom ano 2008! Com esperanca que alguma coisa mude... ou talvez nao!

19.9.07

Acabadinho de sair

já tá aí a nova edição do Castanheira Jovem. Com uma reportagem sobre as piscinas, que já referi aqui como um spot bem porreiro (tenham é cuidado com o guarda sol lol); relata o convívio de Castanheirenses que houve em Lisboa; podemos também ficar a saber o que os nossos gestores e contabilistas andaram a fazer (parece que a minha geração se virou toda para os números!); um passeio pelas Eiras, faz recordar tudo o que lá se viveu (da minha parte um pouco diferente do que ali está relatado, mas cada um tem as suas histórias e lembranças) e remato também com o que está escrito Deixem-nas estar. A verdade é que por vezes nem nos apercebemos da riqueza que temos e se puxarmos pela cabeça encontramos coisas na nossa terra que não há em mais lado nenhum.

16.8.07

a gosto

férias. verão. sol. praia. e bailaricos está claro! este ano o agosto não significa propriamente calor, mas significa sem dúvida verão e férias e as festinhas da terra. nós, por lá, acho que por tradição não há nenhuma festa. a nossa festa é em maio/junho, mas mesmo que lá não haja festa, há sempre nas aldeias vizinhas. e são esses bailaricos que eu recordo - sim porque por estas bandas nas terrinhas não fazem bailaricos! bom fica uma musiquinha para se divertiram, se tal como eu não têm possibilidade de ir aos bailaricos...

9.8.07

Bate forte

a saudade. da castanheira, da sua gente. nas noites de verão, quando ainda não havia piscinas, e no seu local existia uma pedra que dava passagem a um outro pedregulho e nesse sim era possível passar noites infindáveis a olhar o céu, a lua e as estrelas. saudades dos filhos da terra que neste mês (e no anterior) regressavam para abraçar quem amavam para um mês depois, voltarem abraçar até ao ano seguinte... saudade porque a vida de cada um de nós neste momento é diferente, crescemos, deixámos de estudar para termos o nosso emprego, há responsabilidades, há uma outra vida que se vive... mas dá vontade de carregar no stop, para que o tempo pare por umas horas para regressar à terra e matar as saudades. que batem cá dentro bem forte.

27.7.07

O novo spot

As piscinas da castanheira foram inauguradas a 7/7/2007 (esse fantástico dia que marcou a vida de muita gente!) e sao neste momento o local mais visitado da terra :) Tive a possibilidade de dar uma espreitadela, na minha última visita, e tenho de confessar que é um sitio bem agradável. Para tomar um café, passar uma tarde à conversa e quem se sentir in the mood, mandar um mergulho. Para quem ainda nao visitou fica um miminho :)

24.7.07

O que é? -Parte II

Há algo de muito característico na zona da Guarda...Qualquer pessoa que vai ou vem de la inevitavelmente fica com certas expressões. A que "pega" logo é, quando alguém se refere a mais que uma pessoa, dizer Vós, em vez do actualmente utilizado na capital Vocês! E realmente o que é correcto é o vós. "Onde vós ides?" "Vindes?" "Quereis?" "Tendes?" etc etc

Mas há mais...na minha última visita a terra recolhi uma serie de palavras e expressões que só ouço por la. Para fazer par as "lostras" e ao "apichar":

- Antão = naquela altura;

- beldar (O cão esta a beldar) = ladrar

- barranha = alguidar de barro

- malga = tigela

- estrugido = refugado

- forro= sotao

- sólheiro = lugar ao sol ( lugar da conversa)

- verdugo??(berdugo??) = tipo de cobra mas mais gorda

- sertã = frigideira

- ampola = borbulha

- gadanha de sopa = concha

Vamos fazer uma recolha de expressões/palavras típicas da nossa terra, conto contigo!

16.7.07

Carta Aberta....



"Tenho saudades da inocência dos meus 12 anos. Do amor que era tão inocente naquela altura. Do compromisso que necessitava ser firmado com o: "Ouve queres namorar comigo?" (Quem hoje em dia ainda pergunta?) Do primeiro beijo, o passeio de mão dada a percorrer as fogueiras de S. João na Castanheira. O primeiro amor e grande paixão. Como é possível com essa idade amar? Quando se é ainda tão inocente e puro? É possível porque o sentimento é verdadeiro exactamente por ser inocente e puro. Porque foi o primeiro, foi único e especial. Porque serás sempre aquele que conseguiu manter-me apaixonada. Porque há um local que nos une e, além das várias recordações, me lembra de ti: a nossa terra. O nosso porto-de-abrigo, onde estão as nossas raízes. Tal como tantos outros, sentimos falta da nossa terra. Mesmo não tendo nem nascido nem crescido lá. Mas foi lá que provavelmente aprendemos muitas coisas... aprendemos que quem está mais perto nos magoa, mas com a mágoa aprendemos a nos levantar, erguer a cabeça e seguir em frente. Tal como aprendemos o perdão - esse presente que nem toda gente possui. Aprendemos a dar segundas oportunidades, a pessoas e à vida. Aprendemos que quando falam de nós nem sempre é bom sinal... Aprendi que o mal-dizer pode causar grande sofrimento e desiludir. Mas aprendi sobretudo a amar. Amar a minha família, amar os meus amigos, amar o que me rodeia, amar-te."

12.7.07

A diferenca entre o antigamente e o agora!

Acredito que muitos de vós já leu este texto, é mais um daqueles que recebemos no nosso mail e reencaminhamos. Mas ao rele-lo pareceu-me adequado para o colocar aqui... Porque acredito que cada um de nós se reve neste texto... As nossas brincadeiras eram reais, nao eram um jogo de PSP ou Nintendo, repiravamos ar puro (ou menos puro, lol) nao ficavamos encafifados em casa agarrados ao PC ou à TV, queriamos mesmo era sair, nao estar em casa... Brincar, fazer o belo do pure com terra e agua, hoje alguem diria "Q nojo! Tas todo sujo!", mas isso é que tinha piada... Chegar a casa antes de tocar as Trindades (lembram-se?) e com medo do raspanete que iamos levar... agora nem se podem desviar mais que 100m da casa que já pensam que foi raptado! O que nao deixa de ser uma preocupacao porque isso acontece mesmo, infelizmente! Tinhamos liberdade total... qual telemovel, qual que! Se quisessemos que nao nos encontrassem, nao nos encontravam! lol
E as escapadelas dos bailes para "convivermos" uns com os outros... Bate a saudade! Mal sabiamos nós que TODA a gente percebeu, excepto nós que pensavamos estar a ser discretos lol

Deliciem-se com o texto:
"Nasceste antes de 1986? Então lê isto... Se não... lê na mesma.. Esta merece!
Nascidos antes de 1986. De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas "à prova de crianças", ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes. Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar á frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso. Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado, aprendíamos. Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos PlayStation, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua. Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía! Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal. Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados. Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola. Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem. Eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo. És um deles? Parabéns! Passa esta mensagem a outros que tiveram a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, "para nosso bem". Para todos os outros que não têm idade suficiente pensei que gostassem de ler acerca de nós. Isto, meus amigos é surpreendentemente medonho... E talvez ponha um sorriso nos vossos lábios. A maioria dos estudantes que estão hoje nas universidades nasceu em 1986. Chamam-se jovens. Nunca ouviram "we are the world" e uptown girl conhecem de westlife e não de Billy Joel. Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle. Para eles sempre houve uma Alemanha e um Vietname. A SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco. Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia um deus da dança. Acreditam que Missão Impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado. Não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco.

Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:
1. Entendes o que está escrito acima e sorris.
2. Precisas de dormir mais depois de uma noitada.
3. Os teus amigos estão casados ou a casar.
4. Surpreende-te ver crianças tão á vontade com computadores.
5. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis.
6. Lembras-te da Gabriela (a primeira vez).
7. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos.
8. Vais encaminhar este e-mail para outros amigos porque achas que vão gostar. "

26.6.07

A saudade dos velhos tempos

Ja a tanto tempo que nao vou a nossa terra...estou magoada com a maneira de ser de algumas pessoas que la temos.Como em todo o lado existe tambem na nossa terra coisas menos boas.Mesmo assim estou ansiosa por voltar la agora no verao!A vida que a nossa terra ganha com o regresso dos emigrantes...e as recordacoes da minha adolescencia.As tardes no oitao,aquilo sim foi divertido...tenho saudades de sermos todos outra vez, assim, amigos.Mas ao sermos adultos perdemos a capacidade de sermos inocentes.

28.3.07

Esta época

A Quaresma

O período que compreende o Carnaval e a Páscoa, na cultura católica.
Recordo que em miúda (leia-se até aos 17 anos!!) passava o Carnaval na Castanheira ou melhor o Entrudo. Para mim o Carnaval era aquilo que se vivia durante o dia, a percorrermos as ruas mascarados de palhaços, poirots, detectives, piratas, princesas... liderados pela noiva e o noivo - um disfarce imprescindível para que fosse realmente Carnaval.
Á noite as mascaras eram um pouco diferentes e esse, para mim, era o Entrudo. Não eram tão coloridas e nem sequer estavamos maquilhados. Eram usadas roupas dos pais ou dos avôs, grandes casacões e camisolas velhas, de preferência escuras. Um collant preto na cabeça, de forma a não nos reconhecerem. Aliás era esse o obejctivo. Batíamos de porta em porta, entrávamos na casa das pessoas que se "deitavam a adivinhar" quem estava por baixo daquela máscara. Ofereciam-nos um copito de vinho ou de Porto (sim sumo também!) e um doce ou uma chouriça!!
Não sei se ainda hoje se pratica, mas era uma tradição já antiga e praticada por nós todos os anos.
Era engraçado, eu pelo menos divertia-me imenso, nem que fosse porque podia sair a noite! :)
Na terça feira de carnaval comia-se bastante (agora aprecio, na altura odiava!): a bela da sopa de "vajães"(?) secas (que sei agora que é feita na àgua onde é cozido o bucho!) e o bucho acompanhado com mais alguns enchidos.

Depois desta folia do carnaval vem então a Quaresma, época de jejum e de meditação - redimir-nos dos nossos pecados, termos consciência dos erros cometidos e através de alguns sacrificios obtermos o perdão. Era nesta altura que era feita ( e acredito que ainda seja) a Via Sacra pública. A Via Sacra tem como objectivo reviver dos últimos momentos da vida de Cristo na Terra. É composta por 15 estações e cada uma delas é representada na Castanheira por um "nicho", que se encontram nas várias ruas da aldeia.

Apesar de neste momento não ser tão apegada à religião, talvez por ter sido imposta, recordo com alguma saudade alguns momentos religiosos que vivi na Castanheira.

1.1.07

É tempo de traçar objectivos...

Em nome de todos os membros deste blog, desejo um excelente 2007! Que todos os objectivos traçados para este ano sejam atingidos a todos os niveis. Bom ano! ;)